quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Book Trailer

Eu ainda não estou divulgando pesadamente esse livro, mas gostaria de compartilhar o book trailer aqui no blog. Logo vou deixar o site melhor e colocar uns links ali em cima para facilitar vocês ;)





Fiquem à vontade para darem a sua opinião ;)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Primeiro capítulo - Amigas

Desci do carro direto para o sol matinal. Agradeci pelo inverno deixar o sol menos quente, pois ele não faria bem para minha pele clara demais (o que me obrigava a usar um protetor solar bem forte) e nem para meu corpo debaixo do sobretudo.
Não que eu já não estivesse acostumada a usar meus sobre. Eles nem chegavam a me incomodar.
Peguei minha bolsa (nem morta eu iria usar uma mochila. Seria tão baixo), me despedi do meu motorista e me dirigi à escola.
Com a cabeça erguida, passei pelos alunos que eu estava ansiosa para conhecer. Se eu soubesse que ser aluna nova era tão cool, teria passado por essa experiência antes. Todos olhavam para mim. Alguns ora estavam admirados (fala sério, eu sou linda) outros estranhando minhas roupas.
Alôo, inverno! Não conhecem as estações? Sobretudos se usam no inverno.
Mesmo que naquele dia estivesse quente, e que eu usasse sobretudo em qualquer estação... Não que o verão me incomodasse. Eu sempre visitava o norte nas férias, mesmo.
Sorri para os alunos, enquanto entrava no colégio.
Ah, eu estava certa quanto as belezas naturais no Rio. Depois do meu primeiro fim de semana na zona sul, idas ao shopping e uma festa de última hora, estava começando a acreditar que os rapazes mais lindos do mundo tinham vindo para Copacabana e arredores apenas para me dar as boas vindas.
Eu não ficaria surpresa se tivesse sido isso mesmo.
E como se anunciasse a minha chegada, o sinal tocou assim que eu pus os pés no pátio. Sorri.
Tirei meus óculos escuros, guardando num estojinho dentro da bolsa, e entrei na sala.
Meu desânimo foi imediato quando percebi que eu não fui pontual o suficiente.
Arg, eu realmente odiava quando as coisas não saiam como eu queria.
Taí algo ruim quando você é aluna nova. Ninguém te conhece para deixar um bom lugar para você, na classe. Franzi o nariz quando percebi que os alunos guardavam suas coisas antes de entrarem na sala.
Ou seja, cada um já tinha um lugar.
E o que sobrava para a aluna desconhecida? Um lugar lá no fundo, no Canto dos Ignorados. Ou eu fazia amizade logo no primeiro dia, com as mais populares, é claro. Ou eu chegava cedo no dia seguinte.
A primeira opção era mais viável.
— Bom dia, classe. — A minha primeira professora era uma mulher idosa. Ela pa-recia ser muito elegante e educada, e era uma ótima pessoa, como viria a perceber no resto do meu ano letivo. — Primeiramente eu gostaria de comunicar que há uma nova aluna na classe.
E olhou diretamente para mim, seus olhos por trás dos óculos brilhando anima-damente.
Oba, apresentações. Uma ótima maneira de todos me conhecerem logo no primeiro dia de aula. Não hesitei quando a professora me chamou à frente, e praticamente dancei enquanto caminhava.
— Essa é a Angel.
— Oi — disse, enquanto analisava melhor minha turma de primeira série.
Na frente sentavam-se todos aqueles que eram chamados “nerds”, como era de se esperar. Alguns eram até bonitinhos, se salvavam, outros se arrumavam melhor (aleluia!), mas alguns nem ligavam para a vaidade. Esses queimavam meus olhos.
Consegui disfarçar uma careta e logo desviei a atenção deles para olhar um pouco mais as cadeiras que ficavam atrás. No meio, bem no meio, sentavam-se um pequeno grupo de garotas. Pela maneira como elas agiam, e como se vestiam, eram as garotas mais populares da sala. Falaria com elas na hora do almoço.
— Seu nome combina perfeitamente contigo — continuou a professora, e eu dirigi a minha atenção para ela novamente. — Você parece mesmo um anjo.
Ela nem sabia o quanto.
— Obrigada.
A professora — que se apresentou como Aurora — pediu para que eu voltasse ao meu lugar. Enquanto fazia a caminhada de volta, continuei a analisar a turma. No fundo sentavam-se os meninos que preferiam bagunçar a estudar. Também havia alguns gati-nhos, mas não prendi muita a atenção neles. Porque uma garota em especial me chamou a atenção.
Ela sentava-se no outro canto da sala, aquele das pessoas ignoradas. Tinha os ca-belos castanhos e cacheados, com os olhos no mesmo tom. Suas feições eram bonitas, e seria muito linda se ela se arrumasse mais. Jogava os cabelos para a frente, como se quisesse se esconder, e parecia uma coelhinha assustada.
O que havia com ela?

— Olá, posso me sentar com vocês?
Antes mesmo de ter a resposta eu já estava sentada, trazendo em minhas mãos uma fatia de torta de limão que vendia no colégio e uma lata de refrigerante. Percebi que tudo o que as garotas comiam ou eram frutas, ou bebiam vitaminas.
As quatro olharam para mim surpresas, como se não esperassem que alguém sen-tasse com elas sem a devida permissão. Passada a surpresa, elas conversaram silencio-samente e por fim sorriram.
— Você é a Angel? — Não, a rainha da Inglaterra. Ainda bem que me calei a tempo, e dei um sorriso educado, concordando. Afinal, eu queria ser amiga delas, e não rival. — Eu sou Dulce. Essas são Rafaela, Marjorie e Bibiana.
Bibiana? Que nome estranho. Outra vez calei meus pensamentos.
As três garotas apresentadas por Dulce me deram um “oi” educado, e pareciam me analisar.
Dulce era, obviamente, a “rainha”. Tinha os cabelos loiros como os meus, porém lisos. Seus olhos eram verdes como o caule de uma rosa, e usava brincos de ouro nas orelhas. Em cima dos lábios pintados de vermelho havia uma pinta charmosa. Suas unhas eram vermelhas, e ela devia ter aulas de etiqueta. Todos os seus gestos pareciam ser pensados antecipadamente.
As outras eram mais como a imitação dela. Rafaela tinha os cabelos loiros e lisos também, obviamente não naturais. Seus olhos eram azuis, assim como os da Marjorie. Esta última tinha os cabelos muito, muito pretos e com cachos que alcançavam a cintura. Bibiana era uma garota de pele morena e seu cabelo estava liso, obra de caros salões. Seus olhos eram cinzas, resultado de uma lente de contato.
Todas elas me analisavam, e era como se elas compartilhassem um segredo maca-bro juntas. E eu estava disposta a descobrir e compartilhar também.
Sempre fui a garota mais popular, e não iria ser ali que eu não seria também.
— Então, Angel, de onde você veio? — começou Dulce, enquanto as amigas be-biam suas vitaminas ou comiam suas frutas.
— De uma cidade em fase de crescimento chamada Itaguaí. Era meio parado lá.
— Por isso você se mudou? — dessa vez quem perguntou foi Marjorie, seus olhos azuis piscando interessados.
Balancei minha cabeça avidamente, em sinal de negação. Tentei me segurar para não rir. Nunca havia pensado naquela possibilidade, em ter me mudado de Itaguaí por que não havia movimento. Na verdade, eu gostava de lá por causa disso. Aquela cidade era como se fosse um refúgio, já que em todas as férias ou grandes feriados, eu viajava para a cidade grande ou para fora do país.
— Minha mãe foi eleita Deputada Estadual esse ano. No começo ela não se im-portou em ficar em Itaguaí, mas depois achou que seria melhor se mudar para a cidade do Rio de Janeiro. Mudamo-nos nessa metade de ano para eu não ficar tão perdida com o novo colégio, e para eu me despedir melhor dos meus antigos amigos. Mas me falem mais de vocês. Desde quando estudam aqui?
A mudança repentina de atenção pareceu desconcertar um pouco elas, como se esperassem ouvir um pouco mais de mim.
Não que eu não gostasse de toda aquela atenção. Na verdade, adorava falar de mim. Porém eu já tinha experiência o suficiente para saber que elas precisavam falar delas também, ou não existiria amizade nenhuma.
Todas as quatro garotas deram aquele sorriso de satisfação ao perceberem que elas seriam o centro das atenções. Fala sério, quem não gostava disso?
— Eu estudo aqui desde o maternal — começou Dulce, jogando seus cabelos para trás, num gesto casual de dizer “sou a rainha desse lugar”. — Meus pais são advogados.
Disso isso como se dissesse “meus pais são os reis”.
Quem seria mais poderoso? Um advogado, ou um deputado? Não quis entrar na-quela disputa. Não precisava.
No resto do mês fomos nos conhecendo. Descobri que a mãe de Bibiana era colu-nista de uma revista de fofocas do estado, e que a garota estudava naquele colégio desde o terceiro ano. O pai de Marjorie era policial, e a mãe dela detetive. Esta entrou no colégio no quarto ano. A mais “nova” era Rafaela, que entrou para aquele colégio no sétimo ano. O pai dela era historiador, e a mãe uma escritora.
Desde então todos do colégio sabiam o meu nome e alguma coisa sobre mim. E eu e minhas amigas saíamos todas as noites. Às vezes para fazer compras, às vezes para passear, ou então paquerar. Principalmente paquerar.
Os garotos dali não eram só lindos. Eles beijavam tãããão bem.
Ah, como eu adoro ser adolescente, onde minhas maiores preocupações são mi-nhas notas e com que roupa eu vou para a próxima festa. Não que eu tenha dificuldade em resolver qualquer uma dessas questões.
— Você gosta mesmo de usar sobretudo, não é? — comentou Dulce, certo dia.
Estávamos num shopping, fazendo compras. Eu já tinha pego quatro pares de sa-patos (salto alto, é claro), dois vestidos, três calças jeans, cinco blusas e três sobretudos.
Quando ela falou aquilo estava tão entretida em experimentar o vestido preto com o sobretudo escuro por cima, usando um scarpam rosa choque, que levei um susto. Olhei para ela de relance, que já tinha algumas roupas escolhidas na mão, e depois me voltei para o espelho novamente.
— Por que diz isso?
— Porque eu nunca a vejo sem um — ela retrucou.
Me virei de lado, tentando me olhar de todos os ângulos e depois me virei para ela.
— O que achou?
Ela pareceu analisar por um momento, e sorriu, aprovando.
— Então vou levar.
Fechei a cortina novamente, e me troquei mais rápido que o de costume. Do jeito que eu a conhecia — e eu acreditava que a conhecia o suficiente naquele mês passado — imaginei que ela poderia até mesmo abrir a cortina para descobrir o meu segredo. Para o meu alívio, ela não fez aquilo.
Imaginei como seria se ela me visse sem o sobretudo. Será que ela gritaria? Fugi-ria? Ficaria parada, olhando para mim, sem acreditar? Qualquer uma que fossem as pos-sibilidades, não seriam boas.
— Você ainda não respondeu a minha pergunta — ela acusou assim que eu abri a cortina novamente.
Olhei para ela como quem diz “do que você está falando?”, e entreguei o que eu queria para a vendedora quando esta chegou.
— Que pergunta? — retruquei, fazendo o rostinho mais inocente do mundo. Aqui-lo não era difícil para mim.
Ok, éramos amigas, mas eu ainda não estava muito à vontade para falar sobre aquilo com elas. Esperava que ela tivesse tato o suficiente para perceber o meu descon-forto e não fizesse mais perguntas.
Ela parecia ter percebido o meu desconforto. Mas não teve tato para ficar calada.
— Por que você só usa sobretudo? — repetiu, dessa vez com mais ênfase.
Como se fosse um aviso, as outras três apareceram ao lado dela, de modo casual.
Bibiana parecia que iria dizer alguma coisa, provavelmente sobre ir embora para ficarmos com algum garoto, mas calou-se diante do olhar de Dulce. As outras estavam simplesmente com suas sacolas na mão, esperando. Agora todas as quatro olhavam para mim, esperando pela resposta da pergunta que ouviram de Dulce.
Pela primeira vez eu me senti acuada, como se fosse um ratinho de laboratório sendo analisada por um cientista. E pela primeira vez eu vi algo como maldade nos olhos dela.
Mesmo assim aquilo não me intimidou. Apenas me deixou intrigada, e me per-guntei se eu realmente as conhecia. Bem, um mês não parecia ser o suficiente.
— Ok, ok, vocês me pegaram — disse, de um modo descontraído. Se eu deixasse o problema parecer maior, iria parecer apenas mais atrativo. — Eu tenho um pequeno problema nas costas, e uso o sobretudo para poder esconder.
— Que tipo de problema? — Marjorie perguntou, pausadamente. Ela era sempre a garota curiosa, fazendo perguntas sobre tudo.
— Acredite, você não vai querer saber — disse, enquanto me dirigia ao caixa, jun-tamente com elas.
Depois disso, elas não falaram mais sobre o assunto. E era aquilo o que me incomodava.

Prefácio



 — Já tomou sua decisão? — perguntou a voz que vinha de lugar nenhum.
Então me vi no alto de um morro, olhando para a batalha que ocorria próxima à mim. Eu estava vestida e armada para a batalha violenta que eu mesma causei. Aquilo não me deixou surpresa.
— Os homens são maus — começou a voz que vinha de todos os lugares. — É tudo o que eles são. A sua natureza é gananciosa, perversa. Merecem a morte. Merecem a Guerra.
Eu sorri para o sangue e a ferocidade daquela cena.
— Os homens são mentirosos — retrucou a voz que vinha de lugar nenhum.
Tudo mudou.
Eu ainda estava no alto do mesmo morro, mas dessa vez eu olhava para uma mul-tidão de pessoas alegres. Eu era a Líder delas, elas me seguiam incontestavelmente. Em suas testas e mãos direitas havia uma marca. A minha marca.
Eu enganava aquelas pessoas, sabia disso. Me divertia com aquilo.
Aquela era a paz. A minha paz. A paz que traria a destruição, mas eles não preci-savam saber daquilo.
— Eles merecem ser enganados, e depois destruídos. Merecem pagar na mesma moeda. Merecem a destruição, a Paz.
Novamente tudo aquilo sumiu, e eu voltei ao normal.
— Decida — as duas vozes ecoaram. — Decida.
Pensei no que estava acontecendo, e em como tinham tirado de mim uma pessoa que eu amava muito.
Sim, eu iria pagar na mesma moeda.
A decisão estava em minhas mãos enraivecidas.





sábado, 10 de março de 2012

Sinopse

Olá, pessoal. Bem, o blog ainda está em construção, mas como eu preciso de um lugar para mostrar a sinopse desse meu novo livro... Ou seja, não reparem muito no layout, e sim no conteúdo, rsrsrs. Conforme a publicação do livro eu vou fazendo as mudanças.
Bem, agora direto ao assunto. Estou formulando a sinopse desse meu novo livro e gostaria da opinião de vocês. Opinião SINCERA, por favor, enquanto eu ainda posso mudar. Preparados?

"E se seu segredo fosse pior do que você acreditava?
Assim é com Angel, uma jovem fútil e controladora, que mesmo carregando um grande segredo acredita apenas que ele acarretaria em surpresa e espanto se descoberto. Até que um simples trabalho escolar muda toda a sua vida, e Angel descobre que uma terrível profecia a ronda. Agora, junto com sua melhor amiga, Rute, e seu namorado sem-noção, Jonathas, eles têm que correr contra o tempo para que a profecia não se torne realidade e manter todos vivos.
Porém tudo se torna mais difícil quando há pessoas que estão dispostos a qualquer coisa para que ela cumpra seu destino o quanto antes. Até mesmo matar. E o fato de dois pesadelos a assombrarem não ajuda em nada, principalmente quando tudo isso lhe mostra que as decisões que deve tomar são mais reais do que ela imagina.
Decisões estas que mudarão para sempre o destino do mundo, e que ela deseja adiá-las o máximo possível.
Decisões que o futuro promete pôr em suas mãos mais cedo do que ela espera.
Mas o que ela deve escolher? A Guerra, que traz a dor; ou a Paz, que traz a des-truição?"

Está valendo tudo (até msm palavrões, eu aguento). O que importa é o que vocês acharam. Ah, e se quiserem tirar alguma dúvida, ter mais informações, é só falar nos comentários.

Bjs
Pamela Chris